Acordo prevê reajuste para professores universitários
Resultado de uma negociação entre docentes e o governo federal, proposta depende de lei para sair do papelOs ministérios da Educação e do Planejamento aprovaram uma tabela que dá aumentos gradativos, de 20% a 69%, aos professores de instituições federais de Ensino Superior.O acordo põe fim a uma negociação entre professores universitários e governo, que durou cerca de três meses. As informações foram divulgadas ontem pelo secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação, Ronaldo Mota. A proposta prevê aumentos em todos os cargos que os professores universitários podem ocupar. Foram preparadas três etapas para que os reajustes ocorram. A primeira, se tudo ocorrer conforme os planos dos representantes da categoria, deve ser em março de 2008, quando o aumento médio deve girar em torno de 21%. A segunda deve ocorrer em julho de 2009, quando o aumento será de 42% em relação aos dias atuais. No ano seguinte, mais um aumento, de 63% sobre o salário de hoje.Segundo o secretário, a média, no fim das contas, será de 50% de aumento, considerando-se a inflação atual, de 12% ao ano. O acordo prevê, ainda, a incorporação de gratificações, o aumento no adicional de titulação e a equiparação salarial entre professores ativos e aposentados - hoje, um aposentado recebe apenas 60% do salário de um professor que ainda atua em sala de aula.Ao longo dos três anos, o impacto no orçamento do MEC será de R$ 3 bilhões. Ao todo, o Brasil tem cerca de 74 mil professores universitários, dos quais 50 mil estão na ativa. As mudanças propostas constituirão um projeto de lei que chegará, ainda este ano, ao Congresso, para votação. Representantes das entidades se disseram dispostos a trabalhar para que, já em março de 2008, o plano possa sair do papel.