Governo se reúne novamente com entidades do Fisco

07 Dez 2007
Hoje à tarde, em mais uma reunião no MPOG (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão), os Auditores-Fiscais esperam que o Governo avance nos itens ainda indefinidos da pauta, como a solução para o fosso salarial, a delimitação do salário inicial e o fechamento do calendário de implantação da tabela.Os Auditores-Fiscais já reiteraram em diversas oportunidades que existem pontos inegociáveis para a Classe, já que, em ocasiões anteriores, eles foram aceitos pelo Governo. Tais como a remuneração por subsídio, a paridade constitucional entre ativos e aposentados e o salário no patamar mais alto do Poder Executivo, sem vínculo a metas de arrecadação ou à avaliação de desempenho para efeito de remuneração.A Classe, que optou conscientemente pelo caminho da negociação, também está atenta ao fato de que a votação da CPMF, até agora usada como argumento para adiar uma resposta do Governo à Campanha Salarial dos Auditores-Fiscais, está prestes a ter um desfecho. Tão logo o Governo se libere da tarefa de articular apoios no Congresso para aprovar a prorrogação da CPMF, os Auditores-Fiscais estarão aguardando a apresentação final de uma proposta que traduza a importância estratégica da Classe para o funcionamento do Estado e que reflita o grau das atribuições e prerrogativas da carreira.Como muito bem traduziu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista publicada pelo Globo Online (dia 25/11), existe hoje uma desvalorização das carreiras de Estado, incluindo nominalmente entre elas a dos Auditores-Fiscais. “Nas categorias de Estado, na Receita Federal, na Advocacia-Geral da União, você tem um problema de preencher [vagas], porque as pessoas são contratadas para a iniciativa privada ganhando muito mais”, ressaltou Lula. Basta agora que os interlocutores do Governo façam jus ao entendimento do próprio presidente, que é o mesmo de toda a Classe: é preciso valorizar os Auditores-Fiscais.