Fim da CPMF reforça importância de Auditores-Fiscais
Os Auditores-Fiscais da RFB (Receita Federal do Brasil) esperam, pacientemente, há mais de três meses por uma definição do Governo acerca de pontos relevantes da Campanha Salarial da Classe – entre eles, a elaboração de uma tabela salarial que garanta aos Auditores-Fiscais um patamar remuneratório compatível com a relevância estratégica das atribuições do cargo e da sua importância para o Estado brasileiro.A reivindicação histórica de valorização da Classe se torna ainda mais forte neste novo cenário em que o Governo, sem contar com a CPMF, terá o desafio de buscar em outras fontes os R$ 40 bilhões perdidos com a extinção do tributo. Portanto, a derrota do Governo na votação da CPMF, em vez de arrefecer a Campanha Salarial, dá a ela um fôlego novo e revigora ainda mais a disposição dos Auditores-Fiscais em mostrar que é imprescindível ao Governo valorizar a Classe. Com o fim da CPMF, que não era desejado pelos Auditores-Fiscais, cresce a relevância da Classe, que, em vista da nova conjuntura, será uma importante aliada para o Governo garantir a arrecadação necessária à manutenção do Estado. Além disso, mais do que nunca, o Governo precisará fazer uso do exercício da nossa função precípua de combate à sonegação e à corrupção para recuperar créditos tributários. Até agora, demonstramos nossa responsabilidade e nosso comprometimento com o país, quando, por ampla maioria, aprovamos em Assembléia Nacional o diálogo como o caminho mais viável para alcançar nossos objetivos.Sem respostas concretas do Governo, a janela da negociação está se fechando. O nosso compromisso com o trabalho está mantido, mas é imprescindível a garantia da nossa valorização. O tempo da negociação continua correndo, mas ele não pode prosseguir indefinidamente, pois os prazos estabelecidos até o momento foram mais que razoáveis para uma definição do Governo. A Classe não está disposta a vincular o atendimento de suas reivindicações a uma reacomodação da conjuntura. O que virá ainda é incerto e o Governo precisa entender que a nossa valorização independe do cenário que irá se formar no próximo ano. Se ele quer contar com os Auditores-Fiscais, terá de nos valorizar. Estamos chegando ao nosso limite e não vacilaremos em tomar as decisões necessárias.