Ano começa sem CPMF e com IR menor
Economia01 de Janeiro de 2008 A partir desta terça-feira, primeiro dia de 2008, o brasileiro está oficialmente livre da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). A alíquota de 0,38%, que incidia sobre todas as operações financeiras, deixa de ser cobrada. De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), porém, ainda será necessário arcar com alguns descontos. O sistema de tarifação das instituições, que cobra pelas movimentações da semana anterior, vai fazer com que o contribuinte pague esse imposto até o dia 4 deste mês. Depois não haverá mais cobrança. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que previa a prorrogação da contribuição até 2011 foi rejeitada no Senado, dia 12 de dezembro. O tributo, criado 1996 para ser destinado exclusivamente ao setor de saúde pública, arrecadou mais de 206 bilhões de reais, segundo estimativas do Tesouro Nacional. Com o passar do tempo, no entanto, a verba arrecadada com a CPMF passou a ser compartilhada em outras despesas. O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) fez um cálculo de quanto o fim da CPMF pode significar ao contribuinte. A alíquota de 0,38% era descontada do rendimento bruto dos trabalhadores então, para alguém que ganha 1.000 reais, por exemplo, o custo da CPMF era de 2,3%. Assim, com o fim da cobrança, esse contribuinte terá 276 reais a mais no ano. IR – Também nesta terça-feira começa a correção de 4,5% na tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). Com o ajuste, o desconto mensal nos salários ficará um pouco menor. A mudança também será sentida na declaração do IR. Mais de 23 milhões de contribuintes fazem a declaração de ajuste anual. Com o reajuste, que é igual à meta de inflação prevista para este ano, o limite de isenção do IR subirá dos atuais R$ 1.313,69 para R$ 1.372,81. Dessa forma, um número maior de contribuintes deixará de ter o imposto retido diretamente na fonte. A correção de 4,5% também será feita nos anos de 2009 e 2010, o que elevará a faixa de isenção do IRPF para R$ 1.499,15. Mesmo que a correção da tabela do IRPF e o fim da CPMF pareçam ter pouco impacto na renda disponível do trabalhador, juntas essas medidas significam uma elevada transferência de dinheiro do governo para o setor privado. Em conseqüência o aquecimento do mercado e mais crescimento econômico.