Presidente do Unafisco avalia aumento de impostos
A posição da DEN (Diretoria Executiva Nacional) sobre o aumento de impostos anunciados pelo Governo mais uma vez foi pauta na mídia. Uma entrevista sobre o assunto com o presidente do Unafisco Sindical foi publicada ontem (08/01), pela Agência Chasque (www.agenciachasque.com.br) do Rio Grande do Sul. Delarue destacou que o aumento do IOF irá provocar mais danos do que se a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) tivesse sido mantida. Para ele, o fim da CPMF beneficiou especialmente os empresários e dificilmente a economia gerada com a extinção do imposto será repassada à população.“O que devemos avaliar é que o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) não é um tributo de função arrecadatória e sim regulatória. Ou seja, é um tributo extra-fiscal, que não tem a função de arrecadar, de aumentar a arrecadação, e sim de regular o mercado financeiro. Se temos uma demanda por crédito muito aquecida, e isso pressiona a inflação, você aumenta o percentual do IOF para restringir o crédito”, explicou presidente do Unafisco. A preocupação de Delarue é que o aumento do IOF não tem como objetivo contribuir com a função regulatória. “O governo não fez esse aumento com essa finalidade, ele fez com a finalidade de arrecadar mais. Isso pode ter um efeito negativo. Porque quando se desaquece a demanda, você pode ter, por outro lado, uma redução no consumo, que acarreta uma redução na arrecadação. Então esse pacote, onde se espera R$ 10 bilhões, R$ 8 bilhões no caso do IOF, talvez não se concretize porque não havendo crédito, ou com ele ficando mais restrito, o consumo deve diminuir. E havendo uma diminuição no consumo, pode ocorrer, inclusive, uma queda na arrecadação”, analisou.Amanhã, dia 10/01, o presidente do Unafisco será entrevistado pela TV Senado, para tratar do mesmo assunto.