Governo trama, na surdina, a nova CPMF
CPMFDeu no Correio Braziliense14/01/2008 10:12:16O governo defende a aprovação da proposta de recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) com alíquota menor, de 0,20%, e toda a arrecadação destinada para o financiamento da saúde pública. Só não quer aparecer como pai da idéia. Quem garante é o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), habitué das reuniões realizadas no Palácio do Planalto. Formando em medicina, o deputado considera correta a atitude de ministros, como José Múcio Monteiro (Relações Institucionais), de negar em público apoio à iniciativa. Diz que faria o mesmo. Primeiro, porque o Senado rejeitou em dezembro, por diferença de quatro votos, a prorrogação do imposto do cheque até 2011. Segundo, e mais importante, porque a idéia agora é dissociar a nova proposta do governo, conferindo-lhe contornos de iniciativa da sociedade organizada, interessada em resolver um dos principais problemas enfrentados pela população. “As pessoas de bom senso estão vendo que os hospitais estão em dificuldade, que as pessoas estão na fila, que às vezes morrem sem poder fazer um transplante”, declara Fontana. “A recriação de uma contribuição financeira é o que chamo de um ato de solidariedade, que não tem de passar por uma discussão cotidiana do embate entre governo e oposição”, acrescenta. Fontana promete