RESULTADOS DA ASSEMBLÉIA NACIONAL EXTRORDINÁRIA CONJUNTA EM PORTO ALEGRE

08 Abr 2008

 

Em Porto Alegre, a Assembléia Nacional desta segunda-feira, 07/04/2008, foi realizada conjuntamente, pela primeira vez, no auditório da sede do UNAFISCO DS/POA. O local, que esteve lotado durante as mais de 3 horas de duração dos trabalhos, contou com a presença 107 Auditores-Fiscais da RFB, dos quais 87 filiados ao UNAFISCO e 20 ao SINDIFISP. A coordenação da mesa foi composta pelos dirigentes do UNAFISCO/DSPA, Roberto Jorge da Silva e Fernando Magalhães, juntamente com Marvillle Taffarel e Maria Emília Castilhos, dirigentes do Sindifisp/RS/Fenafisp. Dos 5 Indicativos votados durante a manhã, todos aprovados, o 1° e o 5° foram os que geraram os mais fortes debates, por se referirem a questões ligadas à antecipação do fechamento do Acordo. Para Roberto Jorge da Silva, a categoria ficou diante de um dilema, ao se deparar com os referidos indicativos: “Aceitar seria antecipar uma parte da decisão que deveria ser trazida para a categoria em seu conjunto; rejeitar significaria dar um “cheque em branco” aos negociadores.” O Auditor-Fiscal Paulo Roberto Chedid relacionou a proposta a uma “hipoteca do futuro dos AFRFB”. Para ele, aceitá-la na forma proposta implicaria em abdicar da própria dignidade e do futuro enquanto categoria. “Seguir por esse rumo, celebrando um acordo, e não um contrato coletivo, seria capitular antes da luta”, completou. Dão Real dos Santos Pereira disse que considera o 1° Indicativo totalmente equivocado e afirmou que "aceitá-lo seria partir para uma antinegociação”. Conforme o Auditor-Fiscal, “temos de realizar uma negociação sem ceder um milímetro sequer no que se refere à definição dos critérios e parâmetros no futuro.” Para Renato Gallichio Hansen, a única solução viável no momento é a implementação imediata da tabela, a resolução do fosso e paridade “juntamente com a inserção de cláusulas que garantam a reposição da inflação posterior e estejam relacionadas a um cronograma para não haver greve geral por questões salariais.” Com a aprovação do Indicativo número 2, houve o reconhecimento da importância do significado do Comando de Mobilização para o sucesso da greve. Para Roberto Jorge da Silva o posicionamento da Assembléia sinalizou “um certo grau de diluição do poder de decidir estrategicamente e representa um pequeno, mas significativo passo, em direção à democratização das instâncias sindicais.” A relevância da atitude dos colegas AF, em relação à entrega dos seus cargos, durante o período da greve, foi confirmada pela aprovação do 3° Indicativo. Para Fernando Magalhães, “a sua aceitação reflete o inequívoco engajamento com o movimento e o compromisso com a categoria a qual integra, firmando-se dessa maneira o entendimento maduro que a administração dos diversos serviços da SRFB não é possível sem a participação dos funcionários de maior nível sendo minimamente reconhecidos em sua importância.” Quanto à realização de uma Plenária Nacional conjunta para dar visibilidade ao movimento de greve (Indicativo 4) a categoria sinalizou ao governo que se considera afastada da condição de aceitar uma proposta até o presente momento, uma vez que passados 8 meses, nada foi atendido minimamente em relação ao que consta da pauta da categoria. Para o presidente da DSPA, a indicação de diversos nomes pela Plenária da Assembléia demonstra que os colegas de Porto Alegre prosseguem dispostos a fortalecer a Greve.

RESULTADOS DA ASSEMBLÉIA NACIONAL EXTRORDINÁRIA CONJUNTA EM PORTO ALEGRE