Seminário Assédio Moral: Solange Dantas Ferrari, Psicóloga Clínica, luta para identificar e coibir o assédio moral na prevenção de distúrbios comprometedores da vida funcional
A Doutora Solange Dantas Ferrari, que atua no Setor de Programas e Projetos da Secretaria de Saúde de Limeira (SP) participará como painelista do Seminário Assédio Moral nas Relações de Trabalho, promovido pela Delegacia Sindical de Porto Alegre do UNAFISCO, no dia 16 de junho (segunda-feira). Na mesa sobre o tema ASSÉDIO MORAL COMO UMA DEGENERAÇÃO NA RELAÇÃO DE TRABALHO E A BUSCA DA EXCELÊNCIA NAS RELAÇÕES HUMANAS, Dantas estará acompanhada por João Renato Alves Pereira, Professor do Instituto Superior de Ciências Aplicadas e autor do primeiro livro sobre Assédio Moral no Brasil (lei neste site matéria com João Renato:"Assédio Moral - Dando a volta por cima", obra pioneira no País e no mundo é de autoria de João Renato Alves Pereira, primeiro painelista do Seminário Assédio Moral nas Relações de Trabalho na DS/POA). A CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE ASSÉDIO MORAL Psicóloga Clínica Solange Dantas Ferrari 15 de maio foi comemorado como o Dia da Conscientização Sobre o Assédio Moral. Embora práticas de assédio sempre tenham existido, por não serem adequadamente identificadas, muitas pessoas adoeciam devido a essa causa, sem sequer imaginar a razão. Como o Assédio Moral geralmente leva o indivíduo à baixa auto-estima, à depressão, e, em alguns casos até ao suicídio, a tendência é considerar que o problema desse tipo reside nele, que ele é um fraco. Por isso , essas pessoas, sem saber o caminho a percorrer na busca de tratamento e orientação adequada, culminam por entregarem-se, perdendo a referência do sentido da vida. Tais ocorrências geralmente são diagnosticadas pelos profissionais da área de saúde como depressão ou então como enfermidades físicas, devido ao desconhecimento e à falta de especialização que ocorre nesse âmbito. Assim, as dimensão da gravidade dos problemas causados pelo assédio moral podem gerar graves conseqüências na vida das pessoas, sinalizando-se, dessa forma, a urgência com que deve ser identificado e coibido o assédio moral para evitar que distúrbios emocionais e físicos comprometam a capacidade funcional das pessoas e o ambiente de trabalho.
Em face dessas características, aumenta assustadoramente o número de suicídios no nosso País, razão pela qual é necessário investir em políticas públicas voltadas à saúde mental da população uma vez que a depressão, atualmente, é uma das doenças que mais afasta os indivíduos do trabalho pelo Sistema INSS. Felizmente, as autoridades começam a perceber a importância da saúde mental. Na Revista da Indústria (FIESP - SESI - SENAI - IRS) publicação mensal da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Ano 7 - número 134 - Novembro - 2007) foi citado o Decreto 6042, assinado pelo presidente Lula. Trata-se de dispositivo que prevê a redução em até 50% da alíquota do Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) para as empresas que investirem na segurança dos funcionários. O decreto determina que estresse, depressão, insônia e outros problemas de saúde mental poderão ser considerados como doenças do trabalho, sujeitando as empresas a um elevado passivo trabalhista. A Síndrome do esgotamento profissional, conforme a referida norma, se decorrer do ritmo de trabalho penoso e dificuldades físicas e mentais vinculadas ao tipo de trabalho será considerada como "doença do trabalho". Para efeitos tributários, essa norma entrará em vigor a partir de janeiro de 2009. CARACTERÍSTICAS DA PRÁTICA DO ASSÉDIO MORAL E PREVENÇÃO A forma mais comum de assédio moral é a praticada pelo superior em relação ao funcionário sob sua chefia. "Com ordens absurdas e tratamento humilhante, muitos chefes tentam intimidar, desqualificar e enfraquecer sua vítima. Por isso, é importante que as pessoas aprendam a identificar o assédio para combatê-lo, evitando as graves conseqüências que situações desse tipo podem provocar". É preciso a criação de programas educativos que conscientizem e envolvam a sociedade, os sindicatos, os órgãos públicos e as empresas para que tais injustiças sejam coibidas; para que as pessoas, entendendo o que abrange o Assédio Moral, saibam fazer valer seus direitos, aprendam a reagir, a denunciar e a não se manterem reféns do assediador. Solange Dantas Ferrari é Coordenadora Científica da Associação Brasileira de Alzheimer e Doenças Similares(ABRAZ); Especialista em Psicologia do Trânsito e em Saúde Pública. Também é a responsável pela Clínica Êxito Acompanhamento Psicológico (Limeira - SP) onde coordena os conhecidos grupos criados por ela: Alegria Interior; Dançaterapia Esperança-Depressão, Drogas e Álcool;Mulheres que Amam Demais; Obsessivas Compulsivas; Revendo a Vida; Hepatite;De Mãos Dadas - Mastectomizadas - Câncer de mama. DSPOA 06062008