EM NOME DA SOLIDARIEDADE O Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB) Edson Araújo é economista, com mestrado em Engenharia Econômica pela Universidade Federal de Santa Catarina. Ingressou, por meio de concurso público na Receita Federal em 1982, e, ao longo de 21 anos na Receita Federal do Brasil (RFB) nunca sofreu sindicâncias ou processos, tendo recebido inclusive várias promoções por mérito, além de ocupar funções de assessoria e a chefia da Delegacia da Rceita Fderal (DRF) de Florianópolis. Embora Araújo tenha sido crítico contumaz do governo Fernando Henrique Cardoso, em relação à política implementada na Receita Federal, ao denunciar reiteradamente a gestão do ex-secretário Everardo Maciel, ainda assim, no início de 2002, recebeu, com outros colegas AFRFB, um elogio público do ex-Secretário da Receita Federal, devido ao trabalho de fiscalização realizado em uma empresa do setor de informática do Estado catarinense, cujo auto de infração, resultante da fiscalização, é considerado modelo para todo o órgão. Cabe salientar que Edson Araújo, atualmente com cerca de 26 anos junto à RFB, desenvolveu uma respeitável trajetória de militância sindical no serviço público: exerceu o cargo de Diretor do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais-Unafisco Sindical (1993-1995), de Secretário-Geral e Secretário de Finanças (1995-1997), além de ter sido Secretário-Geral da Delegacia Sindical(DS) do UNAFISCO/Florianópolis. Edson Araújo é fundador do Partido dos Trabalhadores-PT, instância partidária em que ocupou distintos cargos de direção em Florianópolis, incluindo o de Secretário-Geral. Ao final da década de 1990, na condição de sindicalista e dirigente partidário, Araújo enfrentou problemas com o ex-Delegado da Receita Federal em Florianópolis, Janir Cassol. O ápice dessa questão deu-se em 1998, por ocasião da fiscalização na empresa Makenji, rede de lojas estabelecida nos Estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Após vários meses de trabalho, o grupo de AFRFB responsável pela fiscalização detectou uma série de infrações cometidas pela empresa entre 1993 e 1995. Contudo, durante o curso do processo de elaboração do auto de infração os AFRFB Edson Araújo, Heloísa Asako Arabori e Milton Marcos Klein não seguiram a orientação do Delegado Cassol, mantendo o referido auto de infração conforme o referendado pela DJ da RFB e pela Justiça de Santa Catarina. Frente a isso, o ex-Delegado Janir Cassol alegou que a postura dos AFRFB estaria eivada de “motivação política”, já que o irmão do ex-Senador Vilson Kleinubing (PFL-SC) trabalhava na empresa fiscalizada. A partir do desfecho do caso, em 1999, o ex-Delegado iniciou uma perseguição sistemática contra o Auditor Edson Araújo. As conseqüências do processo de perseguição sobre a vida pessoal, profissional, política, social e familiar, bem como sobre a saúde de Edson Araújo serão apresentadas pessoalmente por ele no Seminário Assédio Moral nas Relações de Trabalho promovido pela DS/POA, no próximo dia 16 de junho de 2008, no auditório do UNAFISCO na capital gaúcha. Edson Araújo aceitou participar do Estudo de Caso do evento em nome da solidariedade para com os seus colegas AFRFB, o que para ele justifica a retomada da sua luta em forma de narrativa, com a exposição das informações e das vivências sofridas em termos de Assédio Moral no Seminário da DS/POA. DS/POA 11062008