Combate ao contrabando

18 Jun 2008

A DS Porto Alegre parabeniza os AFRFB da Direp e demais servidores que participaram da operação. CORREIO DO POVO - Capa PORTO ALEGRE, QUARTA-FEIRA, 18 DE JUNHO DE 2008 Guerra ao contrabando Operação Pampa prende 40 envolvidos na área de informática A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal (RF) desmantelaram na manhã de ontem uma das maiores quadrilhas de contrabando em atividade no Rio Grande do Sul. Houve 40 prisões nas cidades de Porto Alegre, Estância Velha, São Leopoldo, Pelotas e Livramento, além de São Paulo, com apreensão de mais de R$ 1 milhão em material de informática e de games. Mais de cem notebooks e mais de 500 câmeras digitais foram recolhidos, além de centenas de acessórios e peças de video games apreendidos na chamada Operação Pampa, deflagrada ao amanhecer. A Polícia Federal disse que, de setembro do ano passado até hoje, foram R$ 4 milhões em mercadorias. Entre os detidos estão o líder e vários comerciantes envolvidos no esquema, além de uma policial civil de Livramento que repassava informações privilegiadas à quadrilha. A ação mobilizou 270 agentes da PF e 60 servidores da Receita Federal do Brasil. Na Capital, os policiais federais foram até uma conhecida loja de video games e também no depósito do estabelecimento, ambos localizadas na avenida Padre Cacique. No depósito, os agentes tiveram de ´estourar´ o cadeado da cortina de ferro da porta de entrada com uma espécie de aríete, antes de entrar no local, repleto de produtos contrabandeados de alto valor. Houve ainda uma ação em um quiosque de um shopping nas avenidas Praia de Belas e Borges de Medeiros. Segundo o delegado federal Fabrício Argenta, estima-se que a quadrilha movimentasse cerca de R$ 9 milhões por mês. Uma das formas de contrabandear as mercadorias era usando o fundo falso de ônibus de turismo. Muitas vezes, eles contratavam várias pessoas, que compravam na cota permitida e passavam sem problemas pela alfândega. ´Só que aquele material pertencia a uma pessoa´, disse o delegado. ´Caminhoneiros também estavam participando do esquema, em especial aqueles que transportavam grãos, onde as mercadorias eram escondidas. CORREIO DO POVO PORTO ALEGRE, QUARTA-FEIRA, 18 DE JUNHO DE 2008 21 cargas foram interceptadas Um dos flagrantes no Interior ocorreu em Pelotas, com apreensão de R$ 1 milhão em mercadorias O início das investigações que levaram a Polícia e a Receita Federal a desmantelar a quadrilha que contrabandeava equipamentos de informática ocorreu após a Operação Plata, realizada em novembro de 2005. Na ocasião, uma das maiores quadrilhas de contrabando da época, que desviava cerca de R$ 60 milhões por mês, foi desarticulada com a prisão de 53 pessoas. Remanescentes desse grupo e integrantes postos em liberdade mais tarde retomaram o esquema com um novo grupo que tinha dois braços operacionais. O primeiro trazia as mercadorias do Paraguai e do Uruguai por via terrestre, enquanto o segundo se encarregava da comercialização por lojas e sites na Internet, oferecendo produtos com preços muito abaixo dos praticados no mercado. Durante a investigação que desembocou na Operação Pampa e que teve a participação de 270 policiais federais e 53 servidores da Receita Federal, um total de 21 contrabandos foram interceptados em várias cidades gaúchas. Um dos maiores flagrantes ocorreu em Passo Fundo no feriado de Páscoa, quando foram apreendidos mais de R$ 700 mil em mercadorias, além de duas armas. Todos os presos serão indiciados pelos crimes de contrabando e descaminho, formação de quadrilha e tráfico internacional de arma de fogo. A operação apreendeu em Pelotas R$ 1.073.200,00 em mercadorias contrabandeadas. Foram recolhidos 146,4 mil CDs, no valor de R$ 292,8 mil, 123 mil DVDs, R$ 492 mil, e 1.442 frascos de perfumes, avaliados em R$ 288,4 mil. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, com prisão de dois contrabandistas. No município do Chuí, no extremo Sul, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão e três pessoas foram presas. No RS, a Operação Pampa teve 61 mandados de busca e apreensão, além de prisões preventivas e temporárias. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal de Porto Alegre.