Reforma Tributária //

10 Jul 2008

Controlar inflação é prioridade para o governo, diz Bernardo on error resume next ShockMode = (IsObject(CreateObject("ShockwaveFlash.ShockwaveFlash.8"))) DEISE DE OLIVEIRA SITE DO UOL/JORNAIS/Folha Online10/07/2008 - 10h04

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u420996.shtml

O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) reafirmou nesta quinta-feira que é prioridade do governo controlar a inflação sem comprometer o crescimento do país.

"O IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] apontou hoje inflação um tiquinho menor do que em maio. Mas ainda é preocupante. Mas estamos em um patamar mais baixo e controlado. Há consciência no país de que temos que bater duro na inflação", disse o ministro durante o evento "O Impacto do Brasil na Economia Global", realizado em São Paulo.

A inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) registrou alta de 0,74% em junho, o que representa desaceleração frente aos 0,79% verificados em maio, informou o IBGE.

O ministro disse ainda que o Brasil saiu ileso da crise creditícia no mercado imobiliário americano e que hoje tem condições de manter suas "políticas intactas".

"Estamos muito otimistas. Quando pensaríamos que o Brasil sairia ileso da crise do mercado imobiliário dos Estados Unidos? (...) Mesmo com o recrudescimento da inflação no cenário mundial, o Brasil é um dos poucos que conseguem manter a inflação dentro da meta estipulada pelo governo", disse.

Bernardo fez referência ao IPCA em 12 meses, que ficou em 6,06%, dizendo que é uma mostra que "o sistema está resistindo". A meta de inflação do governo em 2008 é de 4,5% para o IPCA, com margem de tolerância de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

O ministro destacou, no entanto, que o Brasil precisa avançar em questões como as reformas tributária e política.

"O Brasil precisa de uma reforma política que resgate as condições de operação das instituições e a credibilidade na política. Temos uma infinidade de partidos que não são respeitados. É difícil, mas precisamos que se tenha consenso", disse Bernardo.

Ele revelou, inclusive, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a procurar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para realizar uma campanha que promova essa reforma.

A partir da reforma política, disse Bernardo, as outras reformas podem ser aceleradas porque "as dificuldades políticas acabam sendo um entrave para as demais."