L i v r o s - Dica da Semana: DS/POA inicia acervo da devedeteca
DS/POA inicia acervo da devedeteca
Recentemente, a DS/POA adquiriu os primeiros quatro DVDs com os quais está inaugurando a constituição do acervo da devedeteca do Sindicato. Assim, já estão à disposição dos filiados os seguintes títulos: "Uma Verdade Inconveniente"; “Z”; “Seção Especial de Justiça” e “Roger e Eu”. As sinopses críticas, juntamente com as fichas técnicas das películas, apresentam ao final de cada texto a citação das fontes consultadas (endereços de sites/veículos).
Reservas e retiradas dos DVDs: os contatos sobre os DVDs e livros disponíveis aos filiados na DS/POA encontram-se sob a responsabilidade da Sra. Márcia Matos (Área Administrativa da DS/POA). As informações aos interessados podem ser obtidas pelo telefone (51) 3212-0650. Caso haja disponibilidade, o Auxiliar de Serviços do Sindicato, Diogo, entregará o material durante o expediente externo. Para tanto, é solicitada a gentileza da averiguação prévia da possibilidade com a funcionária encarregada. O prazo para a devolução dos DVDs é de dez dias após a retirada.
A Diretoria da DS/POA novamente gostaria de lembrar aos filiados que são bem-vindas as sugestões de títulos de interesse geral , tanto de DVDs, como de livros e de CDs. Assim o Sindicato poderá constituir um acervo dentro da preferência, atendendo-se da melhor forma possível essa relevante demanda cultural.
Diretoria DS/POA 1º de agosto de 2008
A edição dos textos abaixo veiculados foi realizada a partir de pesquisas da Assessoria de Comunicação da DS/POA em diferentes espaços especializados da 7ª arte.
A todos, uma boa diversão!
Uma verdade inconvenienteDocumentário com Al Gore reacende discussão ambiental
PARK CITY (Hollywood Reporter) - "Uma Verdade Inconveniente", de Davis Guggenheim, tinha dois objetivos: levar a um público muito maior a fascinante apresentação multimídia criada pelo ex-vice-presidente dos EUA Al Gore sobre as questões relacionadas ao fenômeno das mudanças climáticas mundiais; e reapresentar ao público norte-americano um homem que ele obviamente não conhecia tanto quanto imaginava.
O filme, que estréia no Brasil quinta-feira, consegue levar a cabo as duas coisas, e bem. O elemento fundamental do filme é aquilo que Gore descreve casualmente como seu "slide show". Trata-se, na verdade, de uma utilização ultra-sofisticada de gráficos, tabelas, uma animação, fotos e outros meios para resumir mais de 30 anos de pesquisa sobre o meio ambiente feita por Gore, datando da época em que ele estudou com o professor universitário Roger Revelle. O slide show é uma explicação dinâmica e, em alguns momentos, bem-humorada da ligação entre emissões de carbono e problemas de saúde pública, custos de seguradoras, derretimento de geleiras, encolhimento de lagos, elevação dos níveis dos mares, ondas de calor assassinas e o furacão Katrina. As imagens são entremeadas por outras de Gore percorrendo o mundo para reunir-se com cientistas, funcionários governamentais e leigos, além de momentos mais calmos em que o ex-vice-presidente reflete sobre sua infância passada numa fazenda e sua afinidade com a natureza. Gore atribui seu ativismo sobre a questão da mudança climática ao acidente quase fatal sofrido por seu filho em 1989. A possibilidade de perder seu filho o deixou dilacerado, mas o levou a encarar a pergunta de "como eu deveria passar meu tempo na Terra?" O fato de corrermos um risco real de perder a Terra, como ele quase perdeu seu filho, o levou a adotar o meio-ambiente como sua causa. O documentário é um ato de ativismo político. Guggenheim e seus produtores politicamente conscientes Laurie David, Lawrence Bender e Scott Z. Burns fazem do filme simplesmente um veículo para a transmissão da mensagem de Gore.O filme acaba revelando um Al Gore diferente daquele que conduziu a campanha presidencial em 2000. Em lugar de um político rígido e inexpressivo que parecia sentir-se pouco à vontade com multidões, Gore, o ativista, é uma pessoa sincera, apaixonada e até dotada de humor, determinada a comunicar-se com as pessoas sobre a questão mais importante que nosso planeta enfrenta. (Dados sinopse adaptada a partir de : http://grandefabrica.blogspot.com/2007_10_01_archive.html):
Uma verdade inconveniente - Ficha Técnica Título Original: An Inconvenient Truth ; Gênero: Documentário: Tempo de Duração: 100 minutos ;Ano de Lançamento (EUA): 2006;Site Oficial: www.climatecrisis.net;Estúdio: Lawrence Bender Productions / Participant Productions Distribuição: Paramount Classics / UIP ;Direção: Davis Guggenheim ;Roteiro: Produção: Lawrence Bender, Scott Burns, Laurie Lennard e Scott Z. Burns ;Música: Michael Brook e Melissa Etheridge;Edição: Jay Lash Cassidy e Dan Swietlik. (Dados ficha técnica adaptada a partir de : http://www.adorocinema.com/filmes/verdade-inconveniente/verdade-inconveniente.asp)
Z Baseado em fatos verídicos que ocorreram na Grécia em 1963. “Z” é um clássico do thriller político que reconstitui o assassinato do deputado esquerdista Grigoris Lambrakis, vítima de uma conspiração elaborada pelo alto escalão das Forças Armadas da Grécia, em 1963. A história começa com uma palestra dirigida aos militares, onde os opositores são comparados a fungos que precisam ser exterminados antes que contaminem o restante da população sadia. Gregorius Lambrakis – professor de medicina da universidade de Atenas, deputado da União Democrática e um dos mais populares chefes da oposição grega, preside uma reunião organizada em prol da paz. Apesar de muitos empecilhos surgidos na ultima hora, a reunião acontece. Na saída do evento Lambrakis é atropelado por uma motocicleta. Já inconsciente, ele é levado para um hospital, onde morre três dias depois em decorrência de graves ferimentos. Entra em cena o magistrado (Jean-Louis Trintignant), disposto a solucionar os mistérios que cercam o “incidente”. Ele é um justiceiro solitário que encontra adversários em todas as instituições governamentais. Seu único aliado é um jovem jornalista (Jacques Perrin) que presenciou o fato. As testemunhas e integrantes do partido de esquerda sofrem agressões e tentativas de assassinato. As investigações sofrem resistências, mas, ainda assim, o magistrado consegue denunciar todos os responsáveis, inclusive os mais condecorados oficiais, no delito de homicídio. Nos últimos minutos, um noticiário de televisão comunica que todas as testemunhas morreram em acidentes suspeitos e mais, que os militares sofreram apenas sanções administrativas e que os co-autores civis do crime foram condenados a penas irrisórias. O noticiário ainda informa que semanas antes das eleições, os militares tomaram à força o poder, resultando na demissão do magistrado e que opositores foram mortos ou extraditados. Num corte é revelado que o jovem jornalista foi preso e que o novo regime ditatorial proibiu determinados comportamentos e assuntos como a filosofia, a sociologia, o direito de greve, a música popular, a matemática moderna, a liberdade de expressão e a letra “z”, que, em grego antigo, significa “ele está vivo”.
Ficha Técnica Título Original: Z. - Origem: Argélia, 1967;Direção: Costa-Gravas;Roteiro: Jorge Semprún, baseado em livro de Vassilis Vassilikos;Produção: Jacques Perrin e Ahmed Rachedi; Fotografia: Raoul Coutard;Edição: Françoise Bonnot; Música: Mikis Theodoratis.Elenco: Yves Montand, Irene Papas, Jean-Louis Trintignant, Jacques Perrin, Charles Denner, François Périer, Pierre Dux, Georges Géret, Bernard Fresson, Marcel Bozzuffi, Julien Guiomar, Magali Noël, Renato Salvatori, Habib Reda, Clotilde Joano, Maurice Baquet, Sid Ahmed Agoumi, Allel El Mouhib, Hassan Hassani, Gérard Darrieu, Jean Bouise, Jean-Pierre Miquel, Van Doude, Jean Dasté, Jean-François Gobbi, Guy Mairesse, Andrée Tainsy e Eva Simonet. Premiações: Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Edição;Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro;Prêmio do Júri e Melhor Ator (Jean-Louis Trintignant) no Festival de Cannes;- Indicado ao Oscar de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro Adaptado; Z foi o primeiro filme a ser indicado nas categorias de melhor filme e melhor filme estrangeiro no Oscar. Apenas outros 2 filmes repetiram o feito: A Vida É Bela e O Tigre e o Dragão.(Sinopse e ficha técnica adaptados a partir de : http://judias.multiply.com/reviews/item/85)
Seção Especial De Justiça
Dirigido por Constantin Costa-Gravas, Section Spéciale - que recebeu o nome de Seção Especial de Justiça no Brasil - retrata uma circunstância e um momento específico gerado pela ocupação nazista da França em 22 de junho de 1940. O foco do filme, produzido por três países - França, Itália e Alemanha -, está voltado para a tentativa do governo colaboracionista de aprovar uma legislação de efeito retroativo para punir militantes da Resistência. Tal tentativa é resultante do assassinato de um oficial alemão por um jovem militante do Partido Comunista Francês. Porém, aprovar leis com efeitos retroativos contrariava os princípios jurídicos franceses estabelecidos a mais de duzentos anos. Princípios estes que possuíram como um dos inspiradores o filósofo Montesquieu, autor de uma obra clássica intitulada O Espírito das Leis. Para que tal lei fosse aprovada, seria necessária a convocação de uma Sessão Especial do Tribunal Superior de Recurso - algo equivalente ao Supremo Tribunal Federal brasileiro, ou seja, a mais elevada corte de justiça francesa. Os magistrados, conhecendo o significado da aprovação desta medida, acabam no seguinte dilema: ou aprovam a lei proposta pelo governo colaboracionista, condenando seis prisioneiros a serem executados em praça pública para servirem de ´´exemplo´´ para todos os que ousassem desafiar o regime, ou o governo executaria sumariamente, cem reféns aprisionados pelos nazistas. Mesmo assim, nem todos os magistrados concordam em participar dos debates sobre a lei proposta pelo governo, provocando acaloradas discussões entre os juízes sobre as ´´razões de Estado´´, ou seja, sobre a necessidade de se tomar medidas ruins para que um mal maior seja evitado. Após estes debates, a Corte de Justiça se reúne para julgar seis prisioneiros escolhidos aleatoriamente. Desses seis, apenas três são condenados à morte, uma vez que os outros casos representavam crimes leves. O filme, do ano de 1974, retrata, através do roteiro de Jorge Semprún e da atuação de Michel Lonsdale, Louis Seigner, Bruno Cremer e Jacques Persin, um aspecto importante dos regimes totalitários, que é a destruição de tudo aquilo que for empecilho para o exercício de um poder político sem limite. Trazendo, assim, a característica central das obras de Costa-Gravas nesta época: a denúncia de toda forma de opressão contra o povo através do mundo. (Sinopse adaptada a partir de: http://www.portaldecinema.com.br/Filmes/z.html)Seção Especial De Justiça - Ficha técnica: Direção: Costa Gavras Elenco: Michael Lonsdale, Bruno Cremer, Jacques Persin, Louis Seigner, Ivo Garrani, François Maistre, Henri Serre, Pierre Dux, Jacques François, Claudio Gora, Julien Bertheau País/Ano de Produção: França / 1974 Festivais e Prêmios: FESTIVAL DE CANNES - PRÊMIO DE MELHOR DIRETOR - INDICADO À PALMA DE OURO; GLOBO DE OURO - INDICADO A MELHOR FILME ESTRANGEIRO. (Sinopse e ficha técnica adaptada a partir de: http://www.filmearte.com.br/produtos.asp?produto=1238)
Roger & Eu
Em 1987, Roger Smith, chairman da General Motors, decidiu, em pleno apogeu econômico da empresa construtora de automóveis, fechar a fábrica localizada em Flint, no Michigan. Desse encerramento resultou o despedida de mais de 40.000 empregados e o início do caos social na pequena cidade. Michael Moore, habitante de Flint que se encontrava desempregado, decidiu não ficar passivo perante esta situação e, após juntar algum dinheiro ao organizar jogos comunitários, pegou uma pequena equipe de filmagens que conhecera dos seus tempos de jornalista e partiu numa missão muito peculiar: fazer um documentário onde se mostrasse as consequências desastrosas do encerramento injustificado da fábrica e, ao mesmo tempo, contatar diretamente com Roger Smith e convidá-lo a visitar Flint para lhe mostrar o impacto da sua decisão na vida dos habitantes da sua terra natal. Nunca conseguiu falar com Roger. Mas fez um dos documentários mais marcantes dos anos 80.
O que mais toca é a evidente identificação que Moore tem com as pessoas da sua cidade natal. “Roger & Eu” pode ter inúmeros momentos que nos fazem rir, mas é sempre um riso amargo. Trata-se de um documentário pessoalíssimo (não é por acaso que o filme, até no título, está narrado na primeira pessoa do singular) sobre uma situação extremamente dolorosa para o seu autor, e o humor apresentado é sobretudo irônico e reflexivo.Moore pode não ter conseguido fazer com que Roger Smith assistisse pessoalmente ao estado das coisas em Flint, nem ter feito com que os desempregados da sua cidade recuperassem os seus empregos. Mas conseguiu dar-lhes voz e fazer com que os espectadores do resto do mundo conhecessem e refletissem sobre a sua situação. E essa é a maior vitória do filme. Roger e Eu – Ficha Técnica: Roger and Me) Documentário, 1989, EUA; Argumento, produção e realização: Michael Moore Co-Produtora: Kathleen Glynn ;Operador de Câmara: Christopher Beaver, John Prusak, Kevin Rafferty e Bruce Schermer. Montagem: Wendey Stanzler & Jennifer Beman ;Cor, 87 minutos. (Sinopse e Ficha técnica adaptada a partir de: http://cine-arte.blogspot.com/2004/08/dossier-questo-michael-moore-roger-eu.html
DS/POA Assessoria de Comunicação 1º/08/2008
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L i v r o s Dica da Semana: Novas aquisições da DS/POA Dica da Semana: Trabalhadores - Uma arqueologia da era industrial, do fotógrafo Sebastião Salgado Já se encontra à disposição dos filiados, na sede da DS/POA, para consulta local, a obra Trabalhadores - Uma arqueologia da era industrial, do fotógrafo Sebastião Salgado. Trata-se de uma composição com a qual Salgado homenageia solidariamente trabalhadores que vencem a exploração enfrentada em seu duro cotidiano. Ao serem clicados jornalisticamente pelo mestre contemporâneo do documentário fotográfico na América Latina e África, o resultado são imagens que alcançam, segundo o romancista Gabriel Garcia Marques, a condição de "Fotografia da humanidade". A obra que possui grande relevância estética social mostra formas diferenciadas de trabalho realizado com a força do corpo, modalidade que neste milênio dá lugar, no mundo inteiro, ao desempenho de máquinas e computadores. Com imagens de beleza e veracidade eloqüentes, Sebastião Salgado apresenta a sua elegia visual àqueles homens e mulheres cujo ânimo laborioso se sobrepõe às condições adversas que pautam a sua existência. Vistos por um olhar solidário, as comunidades apresentadas aparecem no livro como se estivessem “num singular estado de graça”, de acordo com a sinopse da Livraria Cultura (www.livrariacultura.com.br). Trata-se de 50 fotografias de intensa luminosidade as quais apontampara uma perspectiva arqueológica das atividades que têm sido sinônimo de trabalho duro, penoso. Confiram! DS/POA Assessoria de Comunicação 17072008