Funcionários da Infraero em 5 aeroportos encerram greve; assembléias prosseguem

30 Jul 2008
Site UOLFolha On line30/07/2008 - 09h42 Funcionários da Infraero em 5 aeroportos encerram greve; assembléias prosseguem Em assembléias realizadas na manhã desta quarta-feira, funcionários da Infraero em 5 dos 12 aeroportos afetados pela greve da categoria --iniciada à 0h-- decidiram voltar ao trabalho. A paralisação não prejudica os passageiros. Até as 9h30, decidiram suspender a greve os funcionários dos aeroportos de Congonhas e Cumbica, em São Paulo; Santos Dumont, no Rio; Londrina, no Paraná; e Vitória, no Espírito Santo. A expectativa é de que os demais terminais atingidos pelo movimento também encerrem o protesto. Os trabalhadores reivindicam, entre outras propostas, um reajuste salarial de 6%, reajuste do vale alimentação e do bônus de Natal e a implementação de um plano de carreira, além da troca de toda diretoria da Infraero por funcionários de carreira. Na terça (29), a Infraero apresentou nova proposta aos trabalhadores, o que levou a categoria a se reunir hoje para avaliar o movimento. O Sina (Sindicato Nacional dos Aeroportuários) informou que, entre as propostas apresentadas ontem pela Infraero, estão a de reajuste de 5,5% e elevação do tíquete-refeição de R$ 23,50 para R$ 24, além do pagamento da participação dos lucros e o as chamadas promoções escalonadas --3,25% pagos em outubro e mais 3,25% em janeiro. Os aeroportuários são responsáveis por serviços como operação de equipamentos de raio-X nos aeroportos, pela fiscalização de bagagens no embarque e desembarque, pelo controle do movimento de aeronaves na pista e pela liberação e manobra de cargas. O sindicato afirma que a Infraero tem, no país, aproximadamente 11 mil funcionários. Segundo o Sina, entre os terminais afetados pela greve estão Viracopos (Campinas, SP), Congonhas (São Paulo), Cumbica (Guarulhos, SP), Fortaleza (CE), Londrina (PR) e Porto Alegre (RS). Tranqüilidade Apesar da paralisação, os passageiros não enfrentam transtornos nos principais terminais --como Cumbica, Congonhas e Santos Dumont--, segundo a assessoria de imprensa da própria Infraero. O diretor do sindicato em Congonhas, José Vicente Pereira da Costa, afirma que os impactos causados pelo movimento foram pequenos no terminal porque as operações foram iniciadas às 6h. De acordo com ele, cerca de 70% dos 350 funcionários no aeroporto aderiram à greve, que afetou, principalmente, a fiscalização de pátio e de manobras. Em Guarulhos, trabalham cerca de 1.800 funcionários da Infraero. Do total, 70% aderiu à paralisação, de acordo com o sindicato, que admitiu, também, que foram mínimos os reflexos para os passageiros. Negociação Ontem, em nota, o presidente da Infraero, Sergio Gaudenzi, disse acreditar ´que as negociações levadas a cabo entre nós [estatal e sindicato] atingiram os seus objetivos´. ´Quero tranqüilizar os passageiros que utilizam os aeroportos administrados pela Infraero e lembrar que a empresa está preparada para operacionalizar plenamente os aeroportos.´ Atrasos De acordo com balanço da Infraero, 37 dos 483 ( 7,7%) vôos programados para ocorrer no país da 0h às 9h sofreram atrasos superiores a 30 minutos. No período, 22 vôos (4,6%) foram cancelados. Os motivos do cancelamento, no entanto, não foram confirmados. Podem ser reflexo de decisão da companhia aérea ou de condições do tempo. http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u427643.shtml