Mantega cogita elevar meta do superávit para combater inflação

04 Ago 2008
Jornal O Estado de São Paulosegunda-feira, 4 de agosto de 2008, 10:32 | OnlineMantega cogita elevar meta do superávit para combater inflaçãoEsta medida, segundo ministro, teria como objetivo garantir crescimento sem que haja surto inflacionárioCélia Froufe, Agência Estado, e Reuters SÂO PAULO - O governo pode aumentar a meta de superávit primário das contas públicas para combater o avanço da inflação, afirmou nesta segunda-feira, 4, o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Serão tomadas as medidas fiscais e monetárias necessárias para garantir o controle da inflação. Se for necessário, aumentaremos a meta de superávit primário, mas a dose do remédio não deve exceder as necessidades do paciente", disse Mantega durante palestra em evento em São Paulo. OUTRAS MATÉRIAS ASSOCIADAS (E ENDEREÇOS DE ACESSO):Mercado aposta em alta do juro e ´leve´ queda da inflação segunda-feira, 4 de agosto de 2008, 08:44 | Onlinehttp://www.estadao.com.br/economia/not_eco217162,0.htmBC quer inflação no centro da meta em 2009, diz Meirelles sexta-feira, 1 de agosto de 2008, 17:40 | Online A meta de superávit fiscal para 2008 é de 3,8% com um acréscimo de 0,5 ponto percentual que será destinado para a formação do chamado fundo soberano. Esta medida, segundo Mantega, teria como objetivo garantir que o crescimento continue sem que haja nenhum surto inflacionário. Nos últimos 12 meses até junho, o superávit primário das contas públicas acumulou valor equivalente a 4,27% do PIB. A inflação brasileira ameaça romper o teto da meta definida pelo governo este ano. De acordo com as projeções do mercado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - que baliza a política de metas - deve fechar o ano com alta de 6,54%, acima do teto da meta que é de 6,5%. Para combater o repique inflacionário, o Banco Central iniciou em abril um ciclo de aperto do juro. A taxa Selic está em 13% e analistas acreditam que ela estará em 14,5% ao final do ano. Na avaliação do ministro, a economia brasileira deve crescer este ano entre 4,8 e 5% e desacelerar em 2009 para um patamar de 4%. "Discordo de quem fala de 3 a 3,5% (de crescimento no próximo ano)... O governo não permitirá uma desaceleração da economia para esse patamar", afirmou o ministro. De acordo com o último levantamento feito pelo Banco Central com analistas de mercado, divulgado nesta segunda-feira, as projeções indicam crescimento de 4,80% para a economia em 2008 e de 3,9% para 2009. A meta de superávit fiscal para 2008 é de 3,8% com um acréscimo de 0,5 ponto percentual que será destinado para a formação do chamado fundo soberano. Esta medida, segundo Mantega, teria como objetivo garantir que o crescimento continue sem que haja nenhum surto inflacionário. Nos últimos 12 meses até junho, o superávit primário das contas públicas acumulou valor equivalente a 4,27% do PIB. A inflação brasileira ameaça romper o teto da meta definida pelo governo este ano. De acordo com as projeções do mercado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - que baliza a política de metas - deve fechar o ano com alta de 6,54%, acima do teto da meta que é de 6,5%. Para combater o repique inflacionário, o Banco Central iniciou em abril um ciclo de aperto do juro. A taxa Selic está em 13% e analistas acreditam que ela estará em 14,5% ao final do ano. Na avaliação do ministro, a economia brasileira deve crescer este ano entre 4,8 e 5% e desacelerar em 2009 para um patamar de 4%. "Discordo de quem fala de 3 a 3,5% (de crescimento no próximo ano)... O governo não permitirá uma desaceleração da economia para esse patamar", afirmou o ministro. De acordo com o último levantamento feito pelo Banco Central com analistas de mercado, divulgado nesta segunda-feira, as projeções indicam crescimento de 4,80% para a economia em 2008 e de 3,9% para 2009. http://www.estadao.com.br/economia/not_eco217163,0.htm(Com Daniela Machado, da Reuters) http://www.estadao.com.br/economia/not_eco215948,0.htm04/08/2008 - 10h40Contra inflação, pode haver economia maior para pagar juro,diz Mantega SÃO PAULO - A disposição do governo para evitar a expansão da inflação passa pela possibilidade de um aumento adicional da economia para pagamentos do juros, o superávit primário, caso haja necessidade. A informação partiu nesta manhã do ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Se for necessário, aumentaremos a meta de superávit primário", sustentou.Ele acrescentou que tal iniciativa visa evitar que a inflação, apesar de sinais de arrefecimento, prejudique o andamento sustentável da economia. Há alguns meses, Mantega informou que o país fará uma " poupança fiscal " adicional de 0,5% do PIB, a ser destinada ao Fundo Soberano do Brasil (FSB). A meta formal de superávit primário, direcionado ao pagamento da dívida pública, continua sendo de 3,8%. Para cumprir os dois objetivos, contudo, na prática, o governo terá de economizar o equivalente a 4,3% do PIB.O ministro ressalvou, entretanto, que todas as medidas monetárias ou fiscais precisam levar em conta o fato de que não se pode "abortar o crescimento". "A dose do remédio não deve exceder a necessidade do paciente, pois isso seria abortar o crescimento sustentado que está em curso", afirmou. http://economia.uol.com.br/ultnot/valor/2008/08/04/ult1913u93141.jhtm