Mantega se rende ao "paloccismo"

06 Ago 2008

Fonte: SITE UOL/FOLHA ON LINE 06/08/2008 - 09h01 Mantega se rende ao "paloccismo" da Folha Online O Banco Central pesou a mão. Aumentou os juros para esfriar a economia, diminuir o ritmo de crescimento do crédito e combater a inflação. Mas até agora os efeitos foram pequenos. Com medo de o Banco Central ser ainda mais agressivo e esfriar ainda mais a economia, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, passou a defender um aumento do esforço fiscal, afirma Alencar. "Em bom português: corte de gastos." O colunista conta que, para Mantega, o governo deveria cortar despesas para fechar as contas do governo no azul ainda em 2008. "Ou seja, o chamado superávit nominal. Mas Lula e a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) resistem", diz o jornalista. Segundo ele, com a crescente arrecadação de impostos, o Palácio do Planalto deveria cortar gastos. Para Alencar, combater a inflação apenas aumentando os juros afeta mais o setor privado e diminui a renda e a geração de empregos. O colunista fala que Mantega tenta ressuscitar uma proposta que seu antecessor na Fazenda, Antonio Palocci Filho, apresentou no primeiro mandato. Na época, Lula chegou a ter simpatia pela idéia, mas Dilma fez um boicote vitorioso. "A rendição de Mantega ao ´paloccismo´ é pragmática. Ele já viu que, se o combate à inflação ficar apenas nas mãos do Banco Central, os juros vão parar na Lua", conclui Alencar. http://www1.folha.uol.com.br/folha/podcasts/ult10065u429962.shtml