Desaceleração da UE expõe "ponto fraco" do Brasil, diz analista. E: Economia da zona do euro tem 1ª retração desde 1995

14 Ago 2008
FONTE ESTADO ON LINE/BBC14/08/2008 - 10h16 Desaceleração da UE expõe "ponto fraco" do Brasil, diz analista FERNANDA NIDECKERda BBC Brasil, em Londres A desaceleração da economia européia, reforçada através de novos indicadores nesta quinta-feira, expõe um "ponto fraco" na estratégia de exportação brasileira centrada na venda de produtos agrícolas, segundo a avaliação de um economista ouvido pela BBC Brasil. Para o francês Thomas Coutrot, as exportações de commodities, um dos pontos mais fortes do país, podem se revelar o contrário diante da queda das maiores economias do continente. É que a diminuição da demanda dos mercados internos europeus tem o potencial de afetar as exportações brasileiras de produtos básicos, ele argumenta. "A estratégia de exportação de produtos agrícolas pelo Brasil deu muito certo até agora. Mas está se revelando um ponto fraco, porque a crise econômica na Europa e nos Estados Unidos não vai poupar o Brasil", disse o francês Thomas Coutrot. Nesta quinta-feira, o Departamento de Estatística oficial da Comunidade Européia, Eurostat, divulgou que o PIB dos 15 países da zona do euro recuou 0,2% no segundo trimestre em comparação com os três primeiros meses do ano. Nos 27 países do bloco, a retração foi de 0,1%. Para o economista, o anúncio não é uma boa notícia para o Brasil, que destina um quarto de suas exportações ao bloco europeu. O governo brasileiro tem enfatizado que grande parte do crescimento do país se deve à atividade interna, sobretudo ao aumento do consumo dos brasileiros. Mesmo assim, Coutrot acredita que há "necessidades não supridas" no mercado interno, "como habitação, transporte e alimentação." Ele acredita que o governo do Brasil deveria reequilibrar o modelo de crescimento do país e se voltar para tais necessidades. Desaceleração econômica Segundo o Eurostat, a economia alemã, a maior da Europa, caiu 0,5% de abril a junho em comparação com o período anterior --o primeiro declínio desde 2004. Na França e Itália, o PIB (Produto Interno Bruto) recuou 0,3% no segundo trimeste. A desaceleração foi alimentada por uma redução das exportações, motivada pela valorização do euro, e a diminuição dos gastos do mercado interno. Para aministra francesa da Economia, Christine Lagarde, o declínio da economia da França reflete "como a deterioração do contexto internacional está pesando sobre as exportações". Já o vice-ministro da Economia alemão, Walther Otremba, disse que a economia do país poderá contrair novamente no terceiro trimestre, colocando o país oficialmente em recessão. "Neste momento, esta hipótese não pode ser descartada", afirmou. Otremba ressaltou, no entanto, que o governo ainda mantém sua previsão de que a economia crescerá 1,7% em 2008. O Reino Unido e a Espanha foram as únicas grandes economias da zona do euro a não apresentar números negativos no trimestre. Em compensação, os dois países lutam contra os índices de inflação, os maiores registrados nos últimos anos. Segundo o Eurostat, a economia britânica avançou 0,2% entre abril e junho e a espanhola, 0,1% em comparação com o trimestre anterior. Por outro lado, a taxa anual de inflação subiu para 5,3% em julho na Espanha, a maior nos últimos 15 anos, impulsionada pelo alto preço dos alimentos e combustíveis. No Reino Unido, a inflação anual chegou a 4,4%, o maior índice desde que a taxa começou a ser medida, em 1997. http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u433347.shtmlEconomia da zona do euro tem 1ª retração desde 1995A contração foi liderada pelas maiores economias da região - Alemanha, França e ItáliaReuters BRUXELAS - A contração do Produto Interno Bruto (PIB) na Europa confirma a expectativa de que a desaceleração iniciada nos Estados Unidos se espalhou pelas principais economias do globo. Depois do Japão, hoje foi a vez da zona do euro mostrar retração da atividade no segundo trimestre. A economia da zona do euro retraiu-se no segundo trimestre sobre os três primeiros meses do ano, marcando a primeira queda desde o início da série histórica em 1995, informou a agência de estatísticas Eurostat nesta quinta-feira, 14. O PIB caiu 0,2% contra o primeiro trimestre e cresceu 1,5% sobre o segundo trimestre de 2007. Ambos os dados ficaram em linha com a previsão de economistas ouvidos pela Reuters. A contração foi liderada pelas maiores economias da região - o PIB alemão caiu 0,5% na comparação trimestral, enquanto o da França e o da Itália recuaram 0,3%. O dado da Alemanha ficou melhor que o esperado, mas o da França foi contra as expectativas de alta. Os dados aumentam as chances de tendência de queda dos juros na região, até porque a inflação de julho foi revisada em baixa, em 4%, ante julho de 2007, de acordo com a Eurostat. A taxa de inflação ao consumidor (CPI) anunciada anteriormente era de 4,1%. Contudo, a inflação continua acima da meta do Banco Central Europeu de pouco abaixo de 2%. Em comparação a junho, os preços ao consumidor caíram 0,2%. O fato é que, diante dos números ruins na Europa e Ásia, o dólar volta a subir. Às 7h29 (de Brasília), o ganho era de 0,23% sobre a moeda japonesa, para 109,69 ienes. O euro tinha valorização modesta de 0,08%, a US$ 1,4909, enquanto a libra registrava alta de 0,22%, a US$ 1,87225. O petróleo, que chegou a superar US$ 117 nesta manhã, passou a caminhar para a estabilidade. O contrato do WTI cedia 0,13%, para US$ 115,85, no pregão eletrônico da Nymex, em Nova York. As bolsas da Europa mostram comportamento positivo. No mesmo horário, Londres (+1,17%) e Paris (+0,97%) tinham ganhos mais expressivos, enquanto Frankfurt ficava mais atrás, com alta de 0,41%. Espanha Na quarta-feira, 13, o Ministério da Economia da Espanha anunciou um pacote de reformas econômicas a serem implementadas entre este ano e 2010, com o objetivo de estimular o crescimento. As 24 medidas anunciadas incluem iniciativas para as áreas de moradia, transportes, energia e telecomunicações. Elas foram aprovadas em uma reunião da Comissão de Assuntos Econômicos e deverão ser sancionadas em uma reunião de emergência do gabinete de governo marcada para esta quinta-feira. O governo vai injetar 20 bilhões de euros em 2009 e em 2010 no alívio de devedores de hipotecas em dificuldades e no financiamento às pequenas e médias empresas, além das linhas habituais de crédito do Instituto de Crédito Oficial (ICO). O imposto sobre riqueza será eliminado. O governo espanhol já havia anunciado um plano de estímulo em abril, com reduções no Imposto de Renda para pessoas físicas, aumento do prazo para pagamento de hipotecas sem custo adicional para os mutuários e outras medidas.http://www.estadao.com.br/economia/not_eco223762,0.htm-----------------------------------------------------------FONTE SITE ESTADO ON LINE/REUTERESEconomia da zona do euro tem 1ª retração desde 1995A contração foi liderada pelas maiores economias da região - Alemanha, França e ItáliaReuters BRUXELAS - A contração do Produto Interno Bruto (PIB) na Europa confirma a expectativa de que a desaceleração iniciada nos Estados Unidos se espalhou pelas principais economias do globo. Depois do Japão, hoje foi a vez da zona do euro mostrar retração da atividade no segundo trimestre. A economia da zona do euro retraiu-se no segundo trimestre sobre os três primeiros meses do ano, marcando a primeira queda desde o início da série histórica em 1995, informou a agência de estatísticas Eurostat nesta quinta-feira, 14. O PIB caiu 0,2% contra o primeiro trimestre e cresceu 1,5% sobre o segundo trimestre de 2007. Ambos os dados ficaram em linha com a previsão de economistas ouvidos pela Reuters. A contração foi liderada pelas maiores economias da região - o PIB alemão caiu 0,5% na comparação trimestral, enquanto o da França e o da Itália recuaram 0,3%. O dado da Alemanha ficou melhor que o esperado, mas o da França foi contra as expectativas de alta. Os dados aumentam as chances de tendência de queda dos juros na região, até porque a inflação de julho foi revisada em baixa, em 4%, ante julho de 2007, de acordo com a Eurostat. A taxa de inflação ao consumidor (CPI) anunciada anteriormente era de 4,1%. Contudo, a inflação continua acima da meta do Banco Central Europeu de pouco abaixo de 2%. Em comparação a junho, os preços ao consumidor caíram 0,2%. O fato é que, diante dos números ruins na Europa e Ásia, o dólar volta a subir. Às 7h29 (de Brasília), o ganho era de 0,23% sobre a moeda japonesa, para 109,69 ienes. O euro tinha valorização modesta de 0,08%, a US$ 1,4909, enquanto a libra registrava alta de 0,22%, a US$ 1,87225. O petróleo, que chegou a superar US$ 117 nesta manhã, passou a caminhar para a estabilidade. O contrato do WTI cedia 0,13%, para US$ 115,85, no pregão eletrônico da Nymex, em Nova York. As bolsas da Europa mostram comportamento positivo. No mesmo horário, Londres (+1,17%) e Paris (+0,97%) tinham ganhos mais expressivos, enquanto Frankfurt ficava mais atrás, com alta de 0,41%. Espanha Na quarta-feira, 13, o Ministério da Economia da Espanha anunciou um pacote de reformas econômicas a serem implementadas entre este ano e 2010, com o objetivo de estimular o crescimento. As 24 medidas anunciadas incluem iniciativas para as áreas de moradia, transportes, energia e telecomunicações. Elas foram aprovadas em uma reunião da Comissão de Assuntos Econômicos e deverão ser sancionadas em uma reunião de emergência do gabinete de governo marcada para esta quinta-feira. O governo vai injetar 20 bilhões de euros em 2009 e em 2010 no alívio de devedores de hipotecas em dificuldades e no financiamento às pequenas e médias empresas, além das linhas habituais de crédito do Instituto de Crédito Oficial (ICO). O imposto sobre riqueza será eliminado. O governo espanhol já havia anunciado um plano de estímulo em abril, com reduções no Imposto de Renda para pessoas físicas, aumento do prazo para pagamento de hipotecas sem custo adicional para os mutuários e outras medidas.http://www.estadao.com.br/economia/not_eco223762,0.htm