ECONOMIA: Companhia egípcia estuda investir até US$ 1 milhão no Rio Grande do Sul; Grupo Ultra compra postos da Texaco no Brasil por R$ 1,16 bilhão;E: Lucro do Wal-Mart no trimestre cresce 17%

14 Ago 2008
EconomiaCompanhia egípcia estuda investir até US$ 1 milhão no Rio Grande do Sul14/8/2008A crise mundial dos alimentos tem levado muitas empresas a buscarem novas alternativas para a produção de grãos. É o caso da Rice, companhia egípcia que estuda investir entre US$ 500 mil e US$ 1 milhão na produção de arroz do Rio Grande do Sul. A intenção é aplicar o dinheiro em áreas experimentais de até 200 hectares, com o objetivo inicial de introduzir novas tecnologias.A meta, segundo o presidente da empresa, Mohamed El Helw, é desenvolver uma espécie de arroz árabe-brasileiro, para abastecer tanto o mercado interno, como os países árabes. "Eles vieram conhecer a nossa metodologia de cultivo, ver as condições de infra-estrutura, conhecer tecnologias, tipo de solo", explica o presidente do Instituto Rio-grandense do Arroz (Irga), Maurício Fischer. Apesar de sinalizar com valores para investimentos no Estado e até a escolha da área, a visita da Rice teve caráter formal, com a proposta de estabelecer um intercâmbio. Fischer diz que os produtores de arroz do Egito costumam alcançar alta produtividade, até 10 mil quilos por hectare. "Mesmo assim, eles querem aumentar a produção do país, pois segundo o presidente da empresa, têm mercado para o produto, provavelmente na própria África", explica Fischer. Para compensar a diferença de produtividade em relação ao Estado, cuja média fica em torno de 7 mil quilos por hectare, a intenção é promover o aumento do emprego de tecnologia. Antes, porém, será preciso saber se as cultivares egípcias se adaptam ao clima. Os egípcios chegaram ao Rio Grande do Sul anunciando a intenção de produzir em uma grande área, fato que acabou não se confirmando. "Chegaram aqui dizendo que iriam produzir em 200 mil hectares, achando que a terra era muito barata. Ficaram em 200 hectares como meta para iniciar o plantio", diz Fischer. O presidente do Irga diz que foi surpreendido pela proposta, pois esperava que o interesse dos egípcios no Estado era de compra de arroz e não de produção. A empresa, segundo ele, também está fazendo reconhecimento de áreas na Austrália e em alguns países da África.Se prosperar, novos investimentos serão feitos. Recentemente, o Egito suspendeu as exportações de arroz devido à crise mundial dos alimentos. A medida vale até outubro deste ano.http://jcrs.uol.com.br/noticias.aspx?pCodigoNoticia=9614&pCodigoArea=33-----------------------------------------------14/08/2008 - 10h57 Grupo Ultra compra postos da Texaco no Brasil por R$ 1,16 bilhão GUILHERME BARROScolunista da Folha de S.Paulo Atualizada às 11h30 O Grupo Ultra --que controla a rede de postos Ipiranga no Sul e Sudeste do país-- comprou os postos de combustíveis da marca Texaco no Brasil por R$ 1,161 bilhão, segundo comunicado enviado nesta quinta-feira pela empresa à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Com a aquisição, a Ipiranga se tornar vice-líder na distribuição de combustíveis no país, com cerca de 23% do mercado, ultrapassando a Shell (15%). A Petrobras, por meio da BR Distribuidora, é líder desse mercado, com 39%. O acordo foi assinado entre a Ultrapar Participações e a Chevron, que vendeu 100% da Chevron Brasil Ltda. e da Sociedade Anônima de Óleo Galena Signal, subsidiárias que detêm o negócio de distribuição de combustíveis Texaco no Brasil. Segundo nota à CVM, a Ultrapar utilizará recursos disponíveis em caixa para o pagamento da aquisição. A Texaco --que em 2007 teve receita de R$ 11,9 bilhões-- distribui combustíveis em todo o território nacional, à exceção de Roraima, através de uma rede de aproximadamente 2.000 postos. Em 2007, a Texaco vendeu 6,7 milhões de metros cúbicos de diesel, gasolina, álcool e GNV, alta de 8% em relação a 2006, representando participação no mercado nacional de 9%. "A combinação com a Texaco criará um negócio de distribuição de combustíveis nacional, com uma rede de mais de 5.000 postos e participação de mercado de 23%, possibilitando melhor posicionamento da empresa para o crescimento e mais competitividade através da maior escala de operações", afirma o Grupo Ultra em nota ao mercado. "Em adição, a aquisição da Texaco proporcionará a expansão geográfica da empresa, permitindo-lhe atingir regiões que apresentam crescimento de consumo acima da média nacional e trazendo novas oportunidades comerciais decorrentes desta cobertura nacional", continua. A previsão é que o licenciamento, já considerado no valor da aquisição, da família de marcas Texaco seja por três anos nas regiões Sul e Sudeste e cinco anos nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte. No ranking das maiores empresas de capital aberto do país, o Grupo Ultra foi criado há 71 anos pela família Igel, profissionalizou-se e abriu o capital em 1999. No ano passado, junto com Petrobras e Brasken, o Grupo Ultra comprou os negócios do Grupo Ipiranga por US$ 4 bilhões. http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u433370.shtml---------------------------------------------------------14/08/2008 - 10h50 Lucro do Wal-Mart no trimestre cresce 17% da Folha Online A rede varejista americana Wal-Mart Stores anunciou nesta quinta-feira que teve um crescimento de 17% no lucro líquido de seu segundo trimestre fiscal (período encerrado em 31 de julho), ficando em US$ 3,45 bilhões (US$ 0,87 por ação), contra US$ 2,95 bilhões (US$ 0,72 por ação) um ano antes. As vendas tiveram um crescimento de 10% no período, chegando a US$ 101,6 bilhões. Excluindo as vendas de combustíveis, as vendas nas mesmas lojas (abertas há pelo menos um ano) cresceram 4,5%, contra uma expectativa de alta de 2%. As vendas e os lucros com as operações internacionais da empresa cresceram 17%; nos EUA, no entanto, o crescimento foi de 115 e na rede Sam´s Club (divisão atacadista do Wal-Mart) o lucro caiu 2,9%. para o próximo trimestre fiscal, o Wal-Mart espera um lucro por ação de US$ 0,73 a US$ 0,76 e um crescimento de 1% a 2% nos ganhos nas mesmas lojas. Para o ano fiscal, a expectativa do Wal-Mart é de um lucro por ação de US$ 3,43 a US$ 3,50 --acima da expectativa anunciada em fevereiro, de US$ 3,30 a US$ 3,43. Investimento Ontem, o presidente do Wal-Mart Brasil, Héctor Núñez, anunciou, em audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que a rede pretende investir entre R$ 1,6 e R$ 1,8 bilhão no país em 2009, além de abrir entre 80 e 90 novas lojas. Nos últimos quatro anos, o grupo informou ter investido no Brasil R$ 3 bilhões, sendo R$ 1,2 bilhão em 2008, com a abertura de 36 novas lojas. No Brasil desde 1995, o Wal-Mart atua hoje nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste com nove bandeiras. No varejo, atua como BIG, Wal-Mart, Hiper Bompreço, Nacional, Mercadorama, Bompreço e Todo Dia. No formato atacado, tem as bandeiras Maxxi e Sam´s Club. http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u433367.shtml