Presidente do Equador ameaça expulsar Odebrecht do país.Odebrecht, com longo histórico de construções no país, é investigada no Equador por suposta corrupção, pois assegurou que algumas obras eram concluídas com um terço de capacidade e o triplo do custo.

15 Set 2008
15/09/2008 - 04h26 da Folha Onlineda Efe O presidente equatoriano, Rafael Correa, atacou a construtora brasileira Odebrecht, acusada de construir uma usina hidrelétrica com danos estruturais, e disse que se a obra não for reparada e a empresa não pagar o que o Estado exige a expulsará do país. Se não prestarem contas, que vão embora, afirmou Correa em entrevista na televisão, na qual lembrou que uma usina hidrelétrica recentemente inaugurada teve que parar sua geração ao serem detectados erros estruturais sérios. O Estado equatoriano exige da firma brasileira um milionário pagamento pelas perdas geradas pela paralisação da central elétrica, assim como também que repare os danos o mais rápido possível. Estou cheio da Odebrecht; quanto mais cavo mais lama encontro, ressaltou. "Estes senhores [da empresa brasileira] foram corruptos e corruptores; compraram funcionários do Estado. O que está sendo feito é um assalto ao país", disse. Segundo Correa, a Odebrecht, que tem um longo histórico de construções no país, é investigada no Equador por suposta corrupção, pois assegurou que algumas obras eram concluídas com "um terço de capacidade e o triplo de custo". A planta de San Francisco, localizada na província amazônica de Pastaza e com uma potência instalada de 230 megawatts, começou a funcionar em junho de 2007, mas parou suas operações no início deste ano. No mês passado, a Odebrecht "lamentou" as falhas encontradas pelas autoridades equatorianas em uma inspeção na usina hidrelétrica San Francisco, que iniciou suas operações no ano passado. Por meio de comunicado, a empresa afirmou que "lamenta os eventos ocorridos na central Hidrelétrica San Francisco, detectados em uma inspeção de rotina programada, em conjunto com as autoridades nacionais". http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u444897.shtml