Combate à corrupção estanca no Brasil, diz Transparência Internacional.nos últimos anos, de acordo com o relatório anual da organização Transparência Internacional (TI), divulgado nesta terça-feira.
23/09/2008 - 05h02http://noticias.uol.com.br/bbc/reporter/2008/09/23/ult4904u663.jhtmO combate à corrupção parece ter estancado no Brasil O índice de percepção de corrupção - que reflete como cidadãos em diversos países vêem o combate a este mal - calculado para o Brasil permaneceu em 3,5 pontos, intocado em relação ao ano passado, em uma escala que varia de 0 a 10.Segundo a ONG, a situação do Brasil é ilustrativa da regional: 22 dos 32 países da região incluídos no levantamento ficaram abaixo dos 5 pontos, o que indica problemas sérios de corrupção.Destes, 11 sequer passaram dos 3 pontos, marco indicativo de corrupção desenfreada.Em sua análise para as Américas, a TI qualificou os resultados como tendência infeliz para a região nos últimos anos.Os esforços anticorrupção parecem ter estancado, o que é particularmente perturbador à luz dos programas de reformas de muitos governos, afirma o comunicado da ONG.JudiciárioA pontuação foi obtida pela análise de diversos indicadores - no caso brasileiro, sete foram utilizados como fonte.As pesquisas mostraram que a América Latina tem o pior nível de confiança no seu Judiciário: quase três em cada quatro latino-americanos entrevistados em dez países da região declararam acreditar que existe corrupção nesta esfera de poder, afirmou a TI.Alem disso, 54% dos entrevistados em uma pesquisa no ano passado disseram esperar que a corrupção aumente nos próximos três anos - uma proporção que era de 43% há quatro anos.Esses elementos comuns parecem ser fatores determinantes no perpétuo sentimento de impasse na luta contra a corrupção na América Latina e no Caribe, afirmou o documento.A região avançou significativamente na adoção de convenções e instrumentos legais contra a corrupção, mas está claro que muitos países ainda carecem da aplicação efetiva da lei.O professor Johann Graf Lambsdorff, da Universidade de Passau, que elabora o Índice para a TI, diz que há evidências de que melhorar um ponto no índice de percepção da corrupção aumenta as receitas de um país em até 4%, e a afluência de capital em até 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).Desastre humanitárioNo mundo, a lista dos países com melhores e piores índices foi pouco alterada em relação ao ano passado. Dinamarca e Suécia lideram o ranking, desta vez ao lado da Nova Zelândia - o antigo terceiro lugar, a Noruega, ficou em 14º e foi uma queda marcante no relatório deste ano, notou a ONG.Já a Somália, Mianmar, Iraque e Haiti registraram os piores índices.A Transparência Internacional procurou destacar o que chamou de relação fatal entre pobreza, instituições decadentes e corrupção.O mal adicionará US$ 50 bilhões - cerca de metade do volume de ajuda econômica anual global - ao custo de alcançar os Objetivos do Milênio em acesso a água e saneamento básico, estimou a ONG.Nos países mais pobres, os níveis de corrupção podem ser a diferença entre a vida e a morte quando está em jogo o dinheiro vai para hospitais ou para água potável, disse a presidente da TI, Huguette Labelle.Os altos e persistentes níveis de corrupção e pobreza que assolam muitas das sociedades mundiais são o equivalente a um desastre humanitário e não podem ser tolerados.Ela notou que mesmo nos países ricos o problema é preocupante, normalmente por falta de uma legislação que fiscalize a atuação das grandes companhias em outros países.Veja a relação completa:1. Dinamarca1. Suécia1. Nova Zelândia4. Cingapura5. Finlândia5. Suíça7. Islândia7. Holanda9. Austrália9. Canadá11. Luxemburgo12. Áustria12. Hong Kong14. Alemanha14. Noruega16. Irlanda16. Reino Unido18. EUA 18. Japão18. Bélgica21. Santa Lúcia22. Barbados23. França23. Chile23. Uruguai26. Eslovênia27. Estônia28. Espanha28. Qatar28. São Vicente e Granadinas31. Chipre32. Portugal33. Israel33. República Dominicana35. Emirados Árabes Unidos36. Botsuana36. Porto Rico36. Malta39. Taiwan40. Coréia do Sul41. Maurício41. Omã43. Macau43. Bahrein45. Butão45. República Tcheca47. Malásia47. Costa Rica47. Hungria47. Jordânia47. Cabo Verde52. Eslováquia52. Letônia54. África do Sul55. Seicheles55. Itália 57. Grécia 58. Turquia58. Lituânia58. Polônia61. Namíbia62. Samoa62. Croácia62. Tunísia65. Kuwait65. Cuba67. Gana67. Geórgia67. El Salvador70. Romênia70. Colômbia72. Bulgária72. Macedônia72. Peru72. México72. China72. Suriname72. Trinidade e Tobabo72. Suazilândia80. Burkina Faso80. Brasil80. Arábia Saudita80. Tailândia80. Marrocos85. Senegal85. Panamá85. Sérvia85. Montenegro85. Madagascar85. Albânia85. Índia92. Argélia92. Bósnia Herzegóvina92. Sri Lanka92. Lesoto96. Gabão96. Mali96. Jamaica96. Guatemala96. Benin96. Kiribati102. Tanzânia102. Líbano102. Ruanda102. República Dominicana102. Bolívia102. Djibuti102. Mongólia109. Armênia109. Belize109. Argentina109. Vanuatu109. Ilhas Salomão109. Moldávia115. Mauritânia115. Maldivas115. Nigéria115. Malauí115. Zâmbia115. Egito121. Togo121. Vietnã121. Nigéria121. Sao Tomé e Príncipe121. Nepal126. Indonésia126. Honduras126. Etiópia126. Uganda126. Guiana126. Líbia126. Eritréia126. Moçambique134. Nicarágua134. Paquistão 134. Comores134. Ucrânia138. Paraguai138. Libéria138. Tonga141. Iêmen141. Camarões141. Irã141. Filipinas145. Cazaquistão145. Timor Leste147. Síria147. Bangladesh147. Rússia147. Quênia151. Laos151. Equador151. Papua Nova Guiné151. Tadjiquistão151. República da África Central151. Costa do Marfim151. Belarus158. Azerbaijão158. Burundi158. Congo158. Serra Leoa158. Venezuela158. Guiné Bissau158. Angola158. Gâmbia166. Uzbequistão166. Turcomenistão166. Zimbábue166. Camboja166. Quirguistão171. República Democrática do Congo171. Guiné Equatorial173. Guiné173. Chade173. Sudão176. Afeganistão177. Haiti178. Iraque178. Mianmar180. Somália