Venda ganha força e Bovespa cai 1,27%; dólar opera estável a R$ 1,953
Seguindo a sinalização proveniente do mercado externo, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) firma posição em território negativo. Depois de ensaiar alta pela manhã, por volta das 14h45 o Ibovespa apontava queda de 1,27%, aos 51.373 pontos, com giro financeiro de R$ 2,67 bilhões. Parte da instabilidade pode ser creditada ao vencimento do Ibovespa futuro, que acontece amanhã.
Em Wall Street os agentes firmaram posição na ponta vendedora, puxando uma queda de 0,86% para o Dow Jones. Na agenda do dia, mais uma rodada de dados econômicos díspares.
O tom positivo ficou por conta da construção de novas moradias nos EUA, que disparou 17,2% em maio, superando as estimativas. Pelo lado da inflação, o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) subiu 0,2% em maio, contra previsão de 0,4%. O núcleo do indicador caiu 0,1% no mês passado.
Trazendo certa preocupação, o Federal Reserve (Fed), banco central americano, mostrou que a produção industrial diminuiu 1,1% em maio, contra previsão de queda de 0,7% a 1%.
A piora de humor externo também influi na formação da taxa de câmbio. Depois de cair a R$ 1,932 na mínima da manhã, há pouco o dólar era negociado a R$ 1,953 na venda, sem alteração sobre o preço de ontem. No mercado externo, a moeda americana ainda perde valor para o euro.
Prejudicando o desempenho dos principais ativos da Bovespa, algumas commodities voltaram a perder valor, entre elas os metais. Com isso, o papel PNA da Vale mostrava queda de 1,59%, para R$ 32,18. Mesmo com o petróleo oscilando em alta, Petrobras PN caía 2,19%, para R$ 32,57.
Entre as siderúrgicas, Usiminas PNA apontava queda 2,23%, a R$ 39,35, CSN ON desvalorizava 2,79%, a R$ 44,86. Já Gerdau PN diminuía 2,71%, negociada a R$ 19,74.
Entre os bancos, as vendas são menos acentuadas. Itaú Unibanco PN diminuía 0,16%, para R$ 30,87, e Bradesco PN tinha leve baixa de 0,06%, valendo R$ 29,63.
Puxando as vendas desde a abertura do pregão, Copel PNB declinava 5,45%, cotado a R$ 27,89. Ontem, a companhia comunicou que, em função da crise, não fará reajuste de preço aos consumidores.
Ainda na ponta vendedora e no setor de energia, Cemig PN apontava baixa de 3,29%, negociada a R$ 27,30.
Na ponta compradora, destaque, também, para as elétricas. Eletropaulo PNB apontava alta de 2,38%, para R$ 32,25, e Light ON subia 2,25%, a R$ 32,21.